Muitas vezes quando estamos a ler artigos em revistas e livros sobre Feng Shui, ficamos confusos e com a sensação que existem contradições entre elas.

Num livro lemos que devemos dormir para uma dada direcção, noutro lemos que a cama não deve estar em determinada direcção, e por aí fora. O que se passa é que em Feng Shui existem várias Escolas, a Escola da Forma, a Escola da Bússola ou Oito Direcções e a Escola Intuitiva. A aplicação de cada uma depende

do caso que se tem em mãos, independentemente de todas partilharem os mesmos conceitos básicos de Feng Shui.

A Escola da Forma diz-nos como devemos dispor os móveis no interior de uma casa ou mesmo a disposição desta no exterior de acordo com a envolvente.

A Escola da Bússola, como o nome indica usa uma bússola e tem em conta as direcções e energias associadas, como por exemplo a direcção para onde devemos dormir e trabalhar, o tipo de decoração, os materiais e elementos a usar nas várias divisões, incluindo os jardins.

A Escola Intuitiva, não usa bússola, pois assume a porta principal como sendo o Norte (virtual). A observação da realidade e o simbolismo são as fontes de interpretação desta Escola.

Numa análise de Feng Shui, a Escola da Forma é sempre a que prevalece face às outras. Vejamos um exemplo prático: depois de feitos os cálculos chegámos à conclusão que as melhores direcções para o José dormir são Nordeste, Oeste, Noroeste e Sudoeste e as piores são Este, Sudeste, Sul e Norte. No entanto, para a cama do José ficar direccionada por exemplo para Oeste, o quarto teria a seguinte disposição:

De acordo com a Escola da Forma, não devemos dormir entre portas e janelas, pois o fluxo de chi (energia) é muito rápido e pode causar-nos um sono agitado e ansiedade, pois a energia flui muito depressa entre a porta e a janela, para além de criar zonas onde a energia é mais estagnada.

Como a Escola da Forma prevalece face às outras, a melhor disposição seria a que se apresenta em seguida, mesmo o indivíduo não estando a dormir para uma direcção favorável (Norte).

Sobre a Escola da Forma falaremos noutras edições, pois o que se pretende nesta edição é a compreensão das várias escolas.